Sweet Green: inspirando o conceito win, win, win na alimentação
Uma das minhas atividades como CEO de uma das principais empresas de consultoria de alimentação do país, é pesquisar, entender e aprofundar informações e referências para inspirar nossos clientes e, também, propagar essas informações no mercado brasileiro para contribuir com o desenvolvimento do setor de alimentação fora do lar.
Em 2019 organizamos uma missão para Chicago, em uma feira que se chama NRA Show, e, em paralelo à feira fomos visitar operações interessantes que pudessem contribuir à nossa busca pelo novo. Quero destacar uma delas, a Sweet Green.
A Sweet Green foi lançada em 2007 na Califórnia, está classificada como restaurante Fast Casual, que é traduzido pelo fato do pedido ser feito diretamente pelo consumidor no balcão, portanto, não há garçons, porém, apresenta sofisticação culinária na definição dos ingredientes, forma de servir e um ambiente agradável e confortável complementa a experiência do cliente.
A marca ainda não tinha 100 lojas quando visitamos a operação, porém, em janeiro de 2020 anunciou ter conseguido 350 milhões de investidores para seguir em sua expansão, portanto, apesar da pandemia, em breve devemos ouvir bastante sobre eles.
Mas, por que a marca chamou tanto a atenção na visita? A Sweet Green promove uma combinação de alimentação saudável e sustentabilidade. Dentro dos valores da empresa eles buscam o 3W, win, win, win, traduzido por ganha, ganha, ganha, ou seja, a empresa busca soluções em que o consumidor ganhe, a comunidade ganhe e a empresa ganhe também, parece óbvio mas essa filosofia traduzida em ações práticas apresenta grande diferenciação em relação aos concorrentes.
A marca oferece verduras, legumes, tubérculos, grãos e proteínas (animal e vegetal) em um conceito de bowl de saladas em que o cliente faz suas combinações ou escolhe entre opções da casa. A essa mistura são adicionamos molhos artesanais preparados diariamente em cada uma das lojas. Sem dúvida a adição da proteína, inclusive quente traz para a salada uma evolução do ponto de visita de torna-la uma refeição “morna” e ser atraente para as pessoas que tradicionalmente consomem salada mas, também para as pessoas que não abrem mão de ter um elemento quente em sua refeição principal, seja almoço ou jantar.
Para aprimorar seu modelo a rede tem utilizado além de bowls embalagens retangulares. Ah! Faltou dizer… tudo é servido em descartáveis. Não há louça. O consumo local e fora dele são igualmente estimulados e as embalagens viajam muito bem.
Outro ponto que chamou demais a atenção foi a atitude da equipe. Gentileza, atenção e interação são pontos altos. Outro destaque importante da Sweet Green é a sua conexão com o público jovem, especialmente a partir da tecnologia. Eles possuem um aplicativo próprio para pedidos, para estimular a fidelização e gerar mais inteligência no relacionamento com os clientes.
Para mim a grande mensagem da marca é que em meio à loucura e correria do dia a dia é possível fazer boas escolhas na hora de se alimentar. A exemplo da explosão de hamburguerias que vemos no mercado brasileiro, espero que em breve vejamos uma explosão de conceitos simulares ao da Sweet Green (@sweetgreen). Já temos 52% da população brasileira acima do peso. Impossível admitir em um país tão rico em produção agrícola não tenhamos uma alimentação mais saudável.
Faça boas escolhas e mostre às redes e restaurantes o que deseja como consumidor.
Vamos fazer o universo da alimentação win, win, win.