No cenário mundial, em relação ao volume de investimento, o setor apresenta uma taxa média de crescimento de 28% ao ano. No Brasil, a taxa pode chegar a 64%.

Por Cristina Souza – CEO da Gouvêa Foodservice

Você já ouviu falar em foodtech? O termo é utilizado para representar empresas que utilizam a tecnologia como plataforma para evolução da cadeia do setor de alimentos – envolvendo desde a produção no campo, à logística, distribuição, processamento na indústria e consumidores.

A expressão passou a ser associado com inovação e, principalmente, com soluções mais eficientes para as empresas. Isso inclui, ainda, resultados financeiros e impactos positivos para a saúde das pessoas, seja individualmente ou no ambiente em que vivem.

As foodtechs têm apresentado ao mercado de alimentos o que grande parte da população jamais poderia imaginar: produtos a base de plantas com visual e sabor cada vez mais similar aos cárneos, além de fantásticas alternativas de leite vegetal e ovos que, pela participação na produção, ampliam as oportunidades de consumo pelo brasileiro.

Seja por curiosidade, por questões ligadas à saúde ou para valorizar o estilo de vida, fato é que o que era apenas tendência entre consumidores, tem se consolidado cada vez mais como uma nova alternativa presente em menus de redes, franquias e negócios independentes.

Segundo pesquisa Mundial do Global Wellness Institute, publicada em junho de 2022, há um total de 11 segmentos que traduzem o conceito de wellness e, claro, o setor de alimentos está entre eles – sendo o segundo mais importante. Isso porque, atualmente, existem diversas técnicas que refletem a tecnologia na produção de alimentos. Criação de nutrientes sintéticos, irradiação para esterilização, inovação em logística e embalagens a vácuo são apenas alguns exemplos que podem ser facilmente vistos no dia a dia.

No cenário mundial, é visível o crescimento nos últimos anos. Em relação ao volume de investimento, segundo a plataforma Distrito, desde 2016 o setor apresentou uma taxa média de crescimento de 28% ao ano. No Brasil o quadro é ainda mais positivo, já que o mesmo período apresentou um crescimento de 64,69%.

Com isso, vemos que o panorama é apenas uma resposta aos desejos dos consumidores, que são cada vez mais exigentes com o que consomem, estando conectados com rótulos, qualidade e posicionamento das empresas.