Reeducação alimentar: como incluir hábitos saudáveis na alimentação infantil
O Relatório Mundial da Obesidade (World Obesity Atlas), de 2022, projetou que o mundo passará por uma epidemia de obesidade até 2030. Apenas no Brasil, a previsão é de 7,7 milhões de crianças obesas. Ainda assim, com uma reeducação alimentar, essa é uma situação que pode ser evitada já nos primeiros anos de vida.
Uma alimentação saudável tanto em casa quanto na escola, pode garantir a saúde e o bom desenvolvimento das crianças, além de prevenir doenças. Acontece que essa não é a realidade atual.
Segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-2019), a prevalência de consumo de alimentos ultraprocessados – como salgadinhos de pacote, refrigerantes e biscoitos recheados – entre crianças de 6 a 23 meses de idade é de 80,5%.
Para mudar este cenário, é preciso uma reeducação alimentar – e não apenas por parte das crianças. A exibição constante e a presença de bolachas, refrigerantes e açúcares, por exemplo, por ser um (mau) indicativo para a construção dos hábitos alimentares. Pensando nisso, separamos algumas dicas que podem dar um up na saúde de toda a família. Confira:
Mude os hábitos de toda a família
Para melhorar a alimentação infantil, é preciso, antes, mudar os hábitos dos pais. Não comprar guloseimas para casa, ter sempre salada na mesa do almoço e do jantar e, principalmente, dar o exemplo, são ações fundamentais para introduzir as crianças no mundo de alimentação saudável.
O recomendado é que os pais façam, ao menos, uma refeição do dia em conjunto com os filhos. Por meio do exemplo, as crianças se adaptam mais facilmente ao novo cardápio.
Tenha bons alimentos à disposição
Pode parecer simples, mas não há como ter uma boa alimentação sem alimentos que sejam saudáveis. Por isso, o primeiro passo é ter sempre boas opções na geladeira, despensa e nos armários. Desta forma, quando bater a fome, as possibilidades disponíveis não serão salgadinhos e bolachas.
Seja gradual e constante
Doces e afins nunca devem ser a principal escolha para lanches e refeições, mas não são proibidos. As crianças não vão ceder facilmente a novos alimentos, por isso a mudança na alimentação não deve ser radical, mas bastante completa e, preferencialmente, com alimentos naturais.
Também é possível substituir alimentos industrializados pelos feitos em casa. Ao invés de comprar sucos de caixinha ou bolos de pacote, é possível reproduzir essas receitas com ingredientes mais saudáveis e ainda manter o sabor.
Deixe os filhos participarem
Permitir que as crianças ajudem na preparação das refeições é uma ótima forma de incentivá-los a conhecer mais os alimentos e todo o processo de preparação. É mais fácil haver rejeição quando os pratos vêm prontos. Do contrário, é comum que experimentem novos sabores ao longo do cozimento e sejam mais estimulados a comer aquilo que eles mesmos prepararam.
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