Nem um chocolatinho?
“Mas coitadinha, nem um docinho?” “que dó!”. Quem nunca ouviu isso com certeza não tentou implementar uma alimentação saudável com seus filhos. Nunca tive muitas certezas na maternidade, como esperado, mas sempre soube uma coisa: minha filha não cresceria a base de embutidos, açúcar e fast food. Fiz minhas pesquisas, me empenhei, li bastante sobre o assunto. Quanto mais eu procurava, mais certeza tinha que queria ser rigorosa no assunto. Hoje já encontrei um equilíbrio, mas pra começar essa batalha é preciso força e dedicação. Sem exceções, sem permitir que as pessoas de fora interfiram. Se você realmente tem essa vontade, vá em frente e compre essa batalha. Acredite, vale a pena! Vão te perturbar, criticar, questionar. É uma questão de amadurecimento, a gente realmente aprende a ignorar.
Bom, vou contar minha experiência: Desde que eu engravidei, já deixei bem claro que da alimentação da minha filha cuidaria eu. Do meu jeito, e ponto final. Sempre tive em mente que eu tinha o poder de moldar o paladar dela, ninguém nasce amando chocolate e refrigerante. Felizmente tive apoio do meu marido, já que nosso estilo de vida é super saudável! Eu acreditava muito que isso daria certo, talvez por isso tenha dado. Acredite, e siga seu coração.
Na introdução alimentar, obviamente busquei ajuda de uma profissional. Que, aliás, foi imprescindível. Vale a dica: Isabela Jennani. Além dela passar totalmente organizado e explicado (só falta desenhar!) o que fazer com o bebê, ela te faz acreditar ainda mais que está no caminho certo. Bom, e assim começou a introdução alimentar da Duda, aos 6 meses.
Pontos principais: tenha paciência, não force, faça daquilo um momento agradável! Lógico, nada de televisão e só ofereça o que está no cardápio. Frutas, no inicio. Ignore os engraçadinhos do chocolate, e respira fundo. A criança, assim como nós, também tem os seus dias. Então super normal as vezes virar a cara pra comida, fazer cara de nojinho, chorar, gritar, espernear. Respira fundo! Deixa quieto, espera a próxima refeição. Com comida na mesa, de fome ninguém morre (sempre pensei assim pra não cair na besteira de oferecer outra coisa, porque aí obviamente a criança sempre vai querer o mais gostoso, a gente vai achar confortável, e a tendência é repetir.). Pelo menos até que ela conhecesse todos os alimentos e tivesse discernimento para dizer o que gosta ou não.
Aliás, quando vai acabar esse mito que comida saudável é comida ruim?
Bom… se você está no site da Vapza provavelmente sabe que isso não é uma verdade. Falando nisso, no começo realmente exige um esforço maior, tanto pra não abrir nenhuma exceção para porcarias, quanto pra ter que se organizar com a comida caseira. Leva 1 ano, eu diria? Depois da pra ir flexibilizando, achando seu equilíbrio de acordo com a rotina e realidade da família. Ainda bem que existem empresas que caminham junto com esse pensamento hoje em dia, né? Aí tudo fica mais fácil. Não tem desculpa de falta de tempo, falta de praticidade, nada, é só querer!
E hoje, que o bebê cresceu, tem vontade própria e amigos que nada tem a ver com a alimentação diferente dela?
Bom, primeiro de tudo, vale comentar que é lindo de ver a compreensão dela. Dica: converse com seus filhos. Explique, fale tudo, eles entendem TU-DO! Desde sempre eu inclui a Duda no preparo e compra dos alimentos. Inventei doces, bolos e tudo na versão saudável. Ela ama participar, deu super certo! Se a referência de chocolate for um chocolate saudável, dificilmente a criança vai passar a achar ruim e preferir um cheio de gordura e açúcar.
Com o passar do tempo é normal flexibilizar, abrir exceções. Com os primos, nas férias, aos finais de semana, em uma viagem, enfim. Se não também fica muito pesado, né? Acho inclusive perigoso dar tudo errado. O que prevalece sempre é o que temos em casa, no dia a dia. E é assim que funciona comigo hoje; desencanei, nenhum comentário desses me estressa mais, entra por um ouvido e sai pelo outro. E sabe o melhor? Hoje ver quem me criticava me admirando, porque minha filha sabe e entende exatamente o que ela pode e não pode. Ter uma filha que antes dos 3 anos come japonês, quinoa, chocolate 80%, todos os legumes, frutas, pão de amêndoas, bolo sem açúcar, entre outros, compensa todo aquele esforço do início. E apesar das exceções, sorvetes, doces com açúcar, hambúrguer, ter chegado até aqui já me enche de orgulho! Se você acredita, FAÇA! Seja exemplo, se esforce, persista.
No começo, não é fácil, mas depois, não se abalar com o “nem um chocolatinho?” É uma paz de espirito kkk.
Com carinho e a certeza de que sempre estamos fazendo o melhor aos nossos filhos.