As mudanças no prato dos brasileiros
Para a manutenção da saúde e bem-estar a alimentação adequada e saudável representa um papel super importante. Infelizmente, as últimas pesquisas com a população brasileira mostraram um aumento significativo na prevalência de doenças crônicas como obesidade, diabetes e hipertensão arterial.
Segundo a pesquisa Vigitel do Ministério da Saúde, dois em cada dez brasileiros estão obesos (20,3%) e mais da metade está com excesso de peso (55,4%). Evidências crescentes têm demonstrado a relação entre as doenças crônicas e o consumo de alimentos não saudáveis como os ultraprocessados. Um estudo demonstrou que o consumo de alimentos ultraprocessados aumenta em 26% o risco de obesidade.
O que são os alimentos ultraprocessados?
São produtos industrializados prontos para consumo ou aquecimento e que apresentam alta quantidade de calorias, açúcares adicionados, sal e gorduras não saudáveis. Contém quantidades mínimas de alimentos naturais e baixo conteúdo de fibras, vitaminas e minerais. Alguns exemplos são o macarrão instantâneo, biscoitos, balas, guloseimas, salgadinhos de pacote, refrescos e refrigerantes.
Uma pesquisa recente encomendada pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) mostrou que os brasileiros estão consumindo mais alimentos ultraprocessados durante a pandemia. O Guia Alimentar para a População Brasileira recomenda que esses produtos não devem fazer parte de uma alimentação adequada e saudável, mas segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência de adultos que consomem cinco ou mais grupos de alimentos ultraprocessados é de 18,2% e o consumo de refrigerantes em cinco ou mais dias da semana é de 15% da população
Um, dois, feijão com arroz
O consumo adequado de alimentos naturais de origem vegetal, como por exemplo o arroz com feijão, frutas e hortaliças, é um importante fator protetor para doenças.
Os feijões, assim como todas as demais leguminosas (ervilhas, lentilhas, soja e grão-de-bico), são fontes de proteína, fibras, vitaminas do complexo B e minerais, como ferro, zinco e cálcio, além de apresentarem poucas calorias. Por serem de origem vegetal, não possuem gordura saturada, o que é um ponto muito positivo para a saúde.
Pesquisa aponta que o maior peso no orçamento familiar no que se refere à alimentação é destinado às carnes e houve uma queda na compra de leguminosas. É preciso resgatar nossa cultura e desfrutar com mais frequência desse prato tão nutritivo e brasileiro que é o arroz com feijão.
Brasil tem 50% de flexitarianos
Por outro lado, há um perfil de consumidor mais consciente que consome menos produtos de origem animal por causa da preocupação com a saúde, são os flexitarianos.
O número de brasileiros que está diminuindo o consumo de proteína animal e as substituindo por proteínas alternativas mais frequentemente subiu de 29% em 2018 para 50% em 2020. A pesquisa coordenada pelo GFI (The Good Food Institute) também mostra que o maior público consumidor de proteínas alternativas (produtos como hambúrgueres que parecem carne) não são vegetarianos e veganos e que boa parte das pessoas substitui as carnes por leguminosas e hortaliças.
Comece a mudança pelo seu prato!
Sabemos que a alimentação equilibrada é fundamental para a prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas, e estas são um dos principais fatores de risco para agravamento da Covid-19. Mudanças simples no seu prato, como o aumento do consumo de legumes, verduras, arroz e feijão e a redução de carnes e produtos ultraprocessados, vão gerar impactos muito positivos para sua saúde. Comece hoje mesmo e mude para melhor!