A pandemia reforçou laços entre supermercados e consumidores
Logo no início da pandemia os supermercados assumiram protagonismo ao se comprometerem publicamente em manter o abastecimento para as famílias brasileiras, mas principalmente por adotarem protocolos que buscaram manter seus funcionários seguros e proteger o cliente em suas visitas quando inevitável.
Foi realmente bonito de vermos! A vigilância constante na exigência pelo uso da máscara, álcool gel, medição de temperatura, horários exclusivos para atendimento a idosos, dentre outras ações. Tudo foi entendido como algo para o bem maior. Somado a isso, supermercados fizeram a aceleração de medidas para atendimento à distância através de plataformas de delivery, e-commerce, aplicativos próprios e até atendimento por WhatsApp, novamente ganhando muitos pontos com seus consumidores.
Esse cenário reaproximou clientes e supermercados, uma relação que há algum tenho ganhava frieza e afastamento tornou-se mais terna, gentil e empática. E esse novo laço deu espaço para que as áreas vivas do supermercado como padaria, confeitaria e rotisserie retomassem importância já que a visibilidade de processos e cuidados tornaram o ambiente propício para ampliar a compra dos produtos prontos para consumir.
Mas, não foi só o resgate do relacionamento que impulsionou essas vendas. As famílias em casa, tanto para realizar suas atividades profissionais quanto para os estudos, tiveram necessidade de buscar formas de reduzir o tempo no preparo com alimentos e lançaram mão de opções prontas e semi-prontas. Mesmo em regiões menos adensadas aconteceu esse comportamento, até porque, a equação entre pedido de delivery de restaurante e a aquisição de itens de rotisserie se mostrou uma opção economicamente mais viável para famílias que viram seu poder aquisitivo ser achatado nesse período.
Desde 2014, nos Estados Unidos, a compra de itens de mercearia para preparo em casa foi superada por refeições prontas, por isso, redes americanas seguem, há alguns anos, integrando soluções de restaurantes ou buffets com muita propriedade. Redes como Whole Foods, Marianos, recentemente, Kroger são apenas alguns exemplos que apresentam essa oferta. Certamente com buffets ajustados nesse período de pandemia.
Outra movimentação é a implementação de Dark Kitchens em supermercados dada sua localização privilegiada, capacidade de armazenamento, disponibilidade financeira para investimento em estrutura e equipamentos, além da capacidade de realizar procedimentos de maneira padronizada e eficiente.
Há algum tempo, redes brasileiras se movimentam para a oferta de padaria, confeitaria e rotisserie ampliada, algumas com muita propriedade e outras ainda tímidas. Assim, talvez a pandemia possa ser considerada como o combustível para que os consumidores tenham um novo olhar sobre o papel dos supermercados em sua alimentação. Caberá assegurar qualidade, consistência na oferta, preço justo e, acima de tudo, atendimento encantador.
Cristina Souza
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